Informática em Revista - Ano 8 - Nº 95 - Junho/2014
To be or not to be
A maxima shakespeareana: “To be or not to be, that its the question”. A frase de Shakespeare (1564 - 1616) ficou famosa e foi traduzida: ser ou não ser, eis a questão. Na tradução usual atribuiu-se ao verbo (to be) apenas uma versão, uma ação enquanto o verbo (to be) admite duas condições ao sujeito: ser ou estar.
Hoje o mundo é outro e não basta apenas ser, é preciso estar. Um indivíduo deve ser e ter, uma posição e uma condição. Uma localização, real ou virtual, impressa ou expressa, física ou jurídica. Fora isto é apenas um ser vivo pelo olhar da biologia. Inexiste pelos pontos de vista da intelectualidade, da sociedade. Com elementos da sociologia e da psicologia. Uma mera peça ou engrenagem de um processo produtivo.
Enquanto se vivia em lugarejos bastava ser alguém reconhecido e cumprimentado pelas ruas e caminhos que passava. Um fulano ser filho de beltrano ou ciclano era o suficiente, em uma pequena cidade, todos se conheciam. Ser filho de alguém importante ou reconhecido podia abrir portas, sempre cerradas. Hoje as cidades cresceram e as pessoas já não se conhecem mais, mesmos sendo vizinhos como o caso de apartamentos com imóveis lado a lado, frente a frente. Até o caritó moderno já tem janelas abertas para o mundo (Windows).
A cidade perdeu suas fronteiras com o estado e o país, conectou-se com o mundo. O ser evoluiu como verbo e como indivíduo. É preciso ser e estar em algum lugar. Divulgar o que pensa, produz e faz; saber fazer e saber divulgar. Divulgação segura com fontes fidedignas, respaldada por conceitos fundamentados. É preciso estar em uma empresa, uma revista ou jornal, em um livro. Um site ou um blog, e poder ser localizado com uma ferramenta de busca. Divulgando e sendo divulgado.
Um ponto ou uma pessoa precisa estar localizado no espaço tridimensional. A visão gráfica com dois eixos foi ultrapassada. Um ponto ser resultado da interseção de duas retas coordenadas não é mais suficiente para localizar alguém sobre um mapa. Vivemos um mundo da quarta dimensão, com localização espacial e temporal. A pessoa, a rua, o bairro, a cidade e o imóvel ganharam um endereço em WWW. E novos endereços precisam de novas fechaduras. Ganhou também travas de segurança, para proteção de dados.
Novas coordenadas se indexaram: o fator tempo e o fator mídia, é preciso um canal de divulgação e um canal de busca. Um canal confiável com informações confiáveis, que possam dar respostas em um menor espaço de tempo. Evitar chegar a uma informação não confiável criando a necessidade de novas buscas, até chegar a fontes fidedignas.
O marketing pessoal foi alem de um cartão de visitas e um terno bem alinhado com grife famosa e elegante. Um carro com vaga exclusiva ou vaga reservada na porta das empresas. Ganhou o espaço virtual e o conteúdo intelectual.
Ser ou não ser, é ou não é, eis a questão. Uma informação encontrada na internet é verídica ou não? E fica a interrogação (?). Pesquisar e investigar, chegar à pesquisa, checar e confrontar. Quem não sabe o que procura não identifica o que acha.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 18/05/2014
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